domingo, 24 de junho de 2007

Onde está o sol?

Esta foi mais uma semana a rebentar. Na quarta fiz uma janta portuguesa lá por casa. Foram poucos os convidados, pois a comida era pouca, alguns dos habitantes e um par de amigos que por lá passavam, aproveitaram para degustar um típico bacalhau português (parece mentira mas nestes 4 meses o único peixe que aqui comi foi bacalhau) acompanhado de um branco fresquinho. Com cerejas e um pouco de vinho do porto de sobremesa mais uns fumos de cachimbo de água, a noite prolongou-se mais do que devia. No dia seguinte foi o aniversário da prima que anda cá por Madrid o que levou a mais uma janta de celebração. Mais convívio, mais copos e mais uma vez a deitar-me tarde e a más horas. Sexta já não dava para grandes cowboyadas (pensava eu) mas mesmo assim marcou-se uma janta para tapeos, muita gente, muitas tapas, muita sangria, muita cantiga, uma noite de excessos. O sítio desta vez não foi a Mazmorra, esta começa a ser atacada pela praga turística que visita Madrid (sim, porque nós já somos parte da cidade), mas optámos pela Mezón del boquerón, um sítio gerido por um português e também com tapas de alta qualidade, muita sangria levou a que o pessoal soltasse a sua veia de artista, no fim já éramos todos cantores. Lá tentámos ir depois ao Barrio Alto mas este já estava fechado para férias (o calor aperta em Madrid e toca a dar de fuga). Daí o destino foi uma vez mais o Garibaldi, quase adormeci lá dentro. Arrastando-me até casa, o sábado foi passado inteiramente a dormir, já só vi os últimos raios de sol do dia. Acordado, mais uma sessão de tapas aqui perto de casa na já típica Cerveceria Cabrero, esta tem umas Patatas Cabrero deliciosas. Chegada a comitiva espanhola, Angéla, a companheira de casa e a amiga Elena, seguimos para uma festa de aniversário de um espanhol amigo de amigos, que decorria num bar em Chueca. Lá, mais parecia que tinha entrado numa creche, senti-me mesmo velho, a média de idades devia rondar os 19 aninhos, enfim os tugas deram à sola para melhores paragens e eu fiquei lá esperando os cumprimentos dos espanhóis que levam tempo e tempo. Enfim também o sofrimento não foi muito e ainda acabámos a noite em casa com um toque de moscatel no copo. Domingo foi mais um dia que mal vi a luz do dia, mais um dia em que uma visita a Segóvia saiu furada. Enfim, foi um fim de semana passado na escuridão.

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