sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Noite de futebol

Fui ontem finalmente ao Santiago Barnabéu assistir a um jogo do Real Madrid. Este contou para o campeonato e teve como adversário o Bétis de Sevilha. Lá deu para ver um tuga em campo, o Ricardo (ex-Sporting), e a sua exibição até foi boa sem grandes erros, parece que aqui deixou o aviário de vez. O resultado ficou por 2-0 a favor dos brancos e a 2ª parte justificou o preço elevado que paguei pela entrada (55€), muito boas jogadas, uma série de bolas à trave, golos de bicicleta, enfim emoção no jogo. Estes preços não são nada convidativos, mas espero ainda ver um jogo do Atlético no Vicente Calderón, a outra equipa da cidade.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Barcelona v3

Novo regresso a Barcelona. Desta vez por "Les Festes de la Mercè", as grandes festas da cidade. Muita actividade social e cultural, estes catalães sabem bem como montar este tipo de eventos. A cidade estava pejada de tendas, actividades para os pequenos e palcos para as mais diferentes interpretações musicais.
Pelo sábado fui visitar mais um espaço Gaudí, a casa Milà mais conhecida como "La Pedreda". Este é um edifício bem grande e embora tenha um exterior bizarro o interior é bem giro e ao melhor estilo Gaudí. De tarde fui ter com a malta BEST para uma visita ao museu Picasso, aqui não estavam expostas grandes obras, mas sim estudos do artista, de qualquer forma a entrada foi à borla. À noite decorria o Correfoc, a corrida de fogo, uma tradição que incluí muitos efeitos pirotécnicos lançados por uns diabos que se movimentam ao ritmo de tambores. A loucura, andar enfiado no meio de tanta faísca, mas tinha de experimentar (eu sou o gajo de boné laranja). Depois de tanta chama, um concurso de fogo de artificio na praia, nesta noite concorria um português e foi muito bom, estamos sempre bem representados.
No domingo foi dia do concurso de Castelleres, outra grande tradição que eu esperava ver aqui em Espanha, os castelos humanos. Estavam quatro vilas a competir entre si, Barcelona, Vilafranca e Terrassa e pelas várias rondas que vi, esta última não estava a dar hipóteses, sempre a surpreender o público. É soberbo ver a força e concentração necessária para criar vários andares de pessoas umas em cima das outras. O momento mais surreal, quando uma das torres já abanava por todo o lado e mesmo assim uma das crianças, que se colocam no topo, continuava a subir com lágrimas a escorrerem-lhe pela cara, é preciso ter muita vontade.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

How do you do?

Este foi mais um fim de semana fora de Madrid. Desta vez o destino recaiu sobre a capital Inglesa, Londres. Foi a primeira vez que visitei esta cidade e um fim de semana soube a pouco para a oferta cultural e social, terei certamente de voltar um dia.
Depois de aterrar em Gatwick tive de apanhar um comboio para o centro, este fazia a linha suburbana e deu para levar logo com um pouco da grande mescla de pessoas que vive nesta cidade. No centro de Londres, em Kings Cross, encontrei-me com o Pedro, já conhecido de outras viagens e o Nuno, amigo do Pedro que nos daria guarida. Como já se fazia tarde e o pessoal estava cansado, ficámos por casa nesta noite.
Sábado de manhã, foi cedo erguer para visitar a cidade. Saímos em direcção à Tower Bridge, um primeiro vislumbre sobre o rio Tamisa (Thames) deu para ver que este não é muito limpo, tem muita terra e muito lixo nas margens, mas mesmo assim tentaram-me convencer que já está bem mais limpo e que a fauna está a regressar aquelas partes. Da ponte deu para ver também um pouco do Castelo de Londres (aquele que guarda as jóias da coroa) e a Town Hall, um edifício muito futurista de forma oval, construído para aproveitar ao máximo a luz natural. Seguimos à beira rio até um mercado muito castiço debaixo de um viaduto, por lá trincámos qualquer coisa já que seria dos sítios mais baratos onde comer naquela cidade. Com o bucho cheio, seguimos caminho à beira-rio, sempre apreciando a bela vista das margens do Thames. Vi o London Eye, uma enorme roda gigante, já tinha visto fotos, mas ao vivo impressiona muito mais, é mesmo gigante. Ali perto e do outro lado do rio, está Westminster e a Casa do Parlamento com a sua famosa torre de relógio, (Big Ben, é a alcunha do sino dentro da torre e não do relógio in wikipedia). A caminhada já começava a fazer mossa e aproveitámos estar perto de St. James Park para descansar um pouco. O próximo ponto turístico, Palácio de Buckinham, não vi a rainha, mas pouco se perdeu, deu para registar mais uma tentativa (falhada) de voo, desta vez do Pedro aos portões do palácio, parece que deixámos as asas no norte da Europa. Seguimos caminho, desta vez por Hyde Park, onde os londrinos aproveitavam o excelente dia para uns últimos banhos de sol. Passámos pelo Royal Albert Hall, onde já se realizaram dos mais famosos concertos e seguimos em direcção do famoso bairro de Notting Hill. Demos ali umas voltas, por entre as casas de estilo vitoriano e bebemos um pint mesmo em frente à famosa Travel BookShop. Já de rastos voltámos a casa num dos famosos autocarros de dois andares de onde apreciámos a movimentada Oxford Street. Depois de um pequeno descanso, fomos ter com outros tugas contacto para uma janta num restaurante bengalês, comida estranha é o que tenho a dizer. O resto da noite iria-nos proporcionar mais um city tour, desta vez por Picadilly e Trafalgar Square, bem como o boémio bairro de Soho foram as zonas exploradas.
Domingo pela manhã e já com grande parte da cidade vista, decidimos dar um pulo ao British Museum, este tem peças históricas de todo o mundo disponíveis ao publico sem qualquer custo de entrada. Da Babilónia, à Grécia, Egipto, Roma, uma excelente colecção de onde se destaca a Rosetta Stone, a pedra com inscrições em 3 línguas diferentes que permitiu a descodificação dos hieróglifos egípcios. Na minha opinião, parte do espólio deveria ser devolvido aos países de origem, é um roubo terem trazido para ali a fachada da Acrópole de Atenas bem como outras famosas peças que diminuem em muito o impacto que se tem quando se visitam os locais originais. Sendo o museu enorme, o tempo voo, e era também já tempo de eu voar dali de volta a Madrid.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Está quase

Já vamos em 7 meses, o período de gestação está quase pronto..

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ninguém gosta de perder

Ontem foi mais um jogo da nossa selecção. Juntámos as hostes na tasca "El Paso" para umas loiritas tugas e marisco amarelo daquele que todos gostamos. Portugal até arrancou bem marcando cedo, mas uma segunda parte desastrosa levou mais uma vez a um empate a 5 minutos do final. Com os nervos aos pulos, lá tivémos direito a umas cenas de "quase" pugilato, quase, porque pelo que vi, o sôr Scolari não chegou a tocar no pelo do sérvio, enfim, o que conta é a intenção e isto pode bem colocar em risco a continuação do mister na selecção.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

E as visitas recomeçam

O Pedro e a Liliana, pessoal lá da Margem Sul, decidiram dar um pulinho a Madrid para visitar aqui o amigo e também dar umas voltas pela cidade. Escolheram uma excelente altura, pois já não está o calor insuportável do verão e ainda não começou o mau tempo de outono. Como a minha disponibilidade durante a semana é reduzida, os meus serviços de cicerone ficaram-se pela mostra das mais variadas casas de tapas, tascos, bares e todos os locais de animação nocturna que Madrid tem para oferecer. A diversão foi assegurada, quem se segue?

domingo, 9 de setembro de 2007

Portugal vs Polónia

Este fim de semana jogou-se mais um "partido" de apuramento para o Euro 2008. Como por estes lados o jogo começava só pelas 22h, lá juntámos o pessoal (eu, Folgado, Ricardo, Sílvia e Ewa) ao fim da tarde na Plaza Dos de Mayo, para discutir prognósticos enquanto se marcavam golos de cañas fresquinhas. Queríamos trincar algo antes do jogo, por isso, seguimos para um poiso novo, na Plaza San Domingo, um local bom e barato para o tapeio.
Chegando perto da hora, movemo-nos para o tasco El Paso, onde já nos esperava o Zé e uns amigos. Ali parecia ter aterrado numa tasca de esquina de um típico bairro português, um balcão largo com alguns bancos e sem espaço para mesas, tudo a ver a bola de pé, barris de superbock espalhados pelo chão e o som de língua portuguesa no ar. Impressionante como este tasco se encontra em plena calle Hortaleza no centro de Madrid. Lá visionámos o emocionante jogo por entre copos e tremoços. Para deleite da Ewa, que é polaca, começámos a perder, mas a meio do jogo ainda conseguimos dar a volta ao resultado, embora no final a Polónia tenha conseguido o empate. Foi bom para o negócio, pois os príncipes (0,30 cl) de superbock não paravam de sair. Dali e com vontade de festa, a trupe moveu-se em direcção do centro da Chueca, mais um bar novo conhecido de nome caricato, o Piú, seguido dos já conhecidos San Mateo e Via Láctea. Mais uma noite muito bem passada na melhor das companhias.
Os planos de ir a Ávila no domingo foram mais uma vez adiados por motivos logísticos.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Regresso ao aquário

Já era tempo de largar o ócio e voltar à natação. Foi um mês de paragem por razões externas, já que a piscina esteve fechada para férias do pessoal (isto em Espanha é tudo à grande, um mês seguido de férias). Foi um regresso atribulado, a água parecia pesar mais que o normal, mas mesmo assim consegui fazer o quilómetro planeado. Daqui a dois dias há mais.

domingo, 2 de setembro de 2007

La movida volta a Madrid

Chegado o final de Agosto, notou-se este fim de semana o regresso dos madrileños à capital. As ruas e praças voltaram a encher-se das mais diversas personagens tão típicas da cidade. Com este fluxo de gente em retorno de férias, la movida começou de novo a ganhar vida.
Sexta-feira, a noite começou pelas 18h na Plaza dos de Mayo que se apresenta agora muito bem composta, convidando a uns copos e dedos de conversa na esplanada. Eu e o L.F. seguimos dali para uma tasca, onde as mini-cañas saiam a uns meros 0,60€ e onde aproveitámos para ver parte da supertaça europeia. A próxima capela, foi num restaurante que publicitava ter caipirinhas, como ainda não tínhamos tomado nenhuma este ano, foi desculpa para se ficar ali uns minutos. A caipira veio literalmente num balde, coisa enorme que tardou a ser despachada. Tínhamos a janta combinada e já se fazia tarde, tomámos a direcção do restaurante mexicano onde íamos tratar de apaziguar a fome. A comida daqueles lados, comprova-se, é mesmo picante e só mesmo umas bebidas coloridas, doces e com algum álcool acalmam. O fim da noite foi pelo Via Láctea ao som calmo dos sixties.
Sábado foi mais uma jantarada no típico Mazmora. Dali seguimos em direcção do conhecido Barrio Alto, que foi entretanto remodelado e tem agora mais espaço para o pessoal. Demos depois um passeio pela cidade que terminou no Vendetta. O regresso a casa, mais uma vez, foi tarde e a más horas. É assim la movida!