terça-feira, 31 de julho de 2007

1º de Agosto

É amanha dia 1º de Agosto
E tudo em mim é um fogo posto
Sacola ás costas, cantante na mão
Enterro os pés no calor do chão
É tanto o sol pelo caminho
Que vendo um, não me sinto sózinho
Todos os anos, em praias diferentes
Se buscam corpos sedosos e quentes

Adoro ver a praia dourada
O estranho brilho da areia molhada
Mergulho verde nas ondas do mar
Procuro o fundo pra lhe tocar
Estendido ao sol, sem nada dizer
Sorriso aberto de puro prazer

letra: Tim
música: Xutos & Pontapés

domingo, 29 de julho de 2007

Descanso de fim de semana

Com a violência da noite de sexta, o resto do fim de semana foi passado a recuperar forças. O calor não perdoa, e sábado, além da secura dos efeitos nefastos da noite anterior ainda se teve de aguentar com meteorologia infernal que se fazia sentir. Ànoite, um cafézito com uns membros da aventura passada. Colocar a conversa em ordem e saber o destino de alguns que se perderam pela noite. Domingo, mais um dia de descanso, desta vez na piscina, o tempo parecia querer pregar uma partida aparecendo com umas quantas nuvens assim que o pessoal estendeu a toalha, mas foi bem, assim não se sentiu muito o calor e pelo fim da tarde o céu azul voltou a mostrar-se. Enfim, às vezes também mereço descansar...

sábado, 28 de julho de 2007

City tour by night

Sexta juntámos as hostes para uma noitada de copos. O calor que se faz sentir, mesmo pela noite, obriga-nos a usar um traje mais fresco, nada como uns calções, chinelos e camisa curta. O local de encontro, uma esplanada na Plaza 2 de Mayo, ponto central de vida nocturna em Madrid. Ali começou o rally, umas loirinhas na esplanada para criar ambiente e refrescar as mentes, admirar os demais que por ali passavam já com objectivos definidos para a noite, nós, sem percurso, íamos para onde a maré nos levasse. Deixámos-nos ir, ainda pela zona de Malasaña, até um tasco, fumo por todo o lado e cerveja barata, só faltavam tremoços e o fadista de serviço. Elementos marítimos defronte de trajes purpuras levavam-nos a pensamentos saudosistas da nossa terra, ou não..
Noites quentes estas que nos fazem ingerir somas imensas de líquidos para refrescar.
Com a necessidade de trincar algo, mudámos de local.Fomos ter à Gran Via e comer num qualquer local turístico, que vontade para procurar algo melhor era pouca. Durante a pequena janta, vários foram os temas de mesa, desde devaneios sobre iguarias marinhas, a jogos sem fronteiras e à final do Euro2004 (por esta altura já devia ser tabu!!!). Com o pouco de pitéu no bucho, próxima paragem, Sol, centro geográfico da Capital (ou pelo menos das carreteras). Despedimo-nos de uma membro, mas ganhámos dois, fomos para o poiso internacional de Antón Martin, Cats, o local onde "minis" a 3€ fluem que nem água, eu avisei que jogar na Sangria não era boa aposta, não me ouvem, foi no que deu, degredo total. Já bem aviados e chegada a hora de fecho e já com gente de além mar no encalço, colocava-se uma nova mudança de poiso. Kapital era o destino proposto, mas dado a nossa indumentária, nada jogava a nosso favor para entrarmos em tal clube. Para resfriar a cabeça, ainda demos um pulo ao DeCenio, o bar erasmus onde os Mojitos saem aos pares por 7€ (pena não saírem também às sextas e lá esgalhámos o preço normal). Nada como hortelã no gelo regado de rum para manter a mente limpa de preocupações antes de irmos para uma das discos mais conhecidas de Madrid. A entrada, desprovida das filas habituais, foi suave, entrámos como qualquer "pijo", mas considerando as notórias diferenças (visivelmente em estado ébrio, e com a indumentária já referida), incrível, sempre pensei que nos escorraçassem dali por entre palavras de gozo e escárnio, mas assim não foi, penso que a importância da presença tuga se reflecte (isto já sou eu a sonhar alto). Bem a disco estava muito bem preenchida e com os seus 7 andares de diferenças, tem escolha para todos os gostos, lá nos desencontrámos e nos voltámos a encontrar, conhecendo nova gente e perdendo outros tantos. O regresso a casa, mais uma vez já com os primeiros raios de sol, um pouco cambaleantes, lá se conseguiu chegar ao lar e receber o merecido descanso.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Cinema, chega a entreter?

A noite passada fui ver o último filme da saga Harry Potter. Tinha trazido o livro de Portugal já com a intenção de o ler antes de ver o filme, o livro, foi uma desilusão, páginas e páginas de palha que tardaram a ser ruminadas para chegar a um final, que sim tinha algo de interessante. Mesmo com uma má opinião sobre o livro, queria ver o filme, e já tendo sido avisado que este não estaria assim muito para o interessante, resisti e com uma réstia de esperança de ver algo bom, lá fui gastar quase 7€ num bilhete (ver um filme em tela grande ainda é diferente de o ver no portátil). Ora aí ficou provado porque não gosto de apostar, as minhas previsões saem sempre furadas e esta foi mais uma. O filme é mau e ponto! Não é mau pela prestação dos actores (a dos mais velhos é muito boa, não fossem os produtores buscar do melhor que o Reino Unido oferece neste campo, e a dos jovens melhora a cada filme); não é mau pelos efeitos especiais (que cada vez mais aproximam a ficção da realidade); mas é muito mau sim pelo argumento. Tentaram conseguir tornar este 5º livro em filme e como todas as adaptações, partes são cortadas outras alteradas de forma a que a omelete saia bem. Neste caso a omelete caiu ao chão. Existem grandes falhas, acho que alguém que não tenha lido o livro pouco ou nada iria perceber da história que este filme tenta passar. Penso que o meu interesse pela saga se ficou por aqui. Os próximos não lhes vou tocar e os filmes hão de ser vistos em tela micro do portátil, nada como poupar na bolsa e no tempo.

terça-feira, 24 de julho de 2007

E o barco rabelo zarpou

O pessoal do norte finalmente deu de fuga. Foram-se de Madrid e da minha casa..Já era tempo, pois não aguentava aquela pronúncia por muito mais, isto de estar muito tempo com esta gente afectou-me e bem, dá para acreditar que eles me pegaram aquela pronuncia manhosa? Eu um gajo do Sul, mouro de Marraquexe a falar à tripeiro. Enfim, como qualquer despedida, teve de ser à grande e que melhor sítio que La Llama com o pessoal que restava do Summer Course e alguns membros BEST. Foi como sempre uma grande jantarada, com muitas tapas e muita sangria que soltou a veia de Marco Paulo que há em todos nós, quase nos expulsaram do sítio. A noite foi terminada no Via Láctea (não, não andámos a tomar substâncias que nos levaram ao espaço), um bar muito porreiro mesmo ao pé de casa. Cláudio, Fred e Maria, foi excelente albergar-vos mesmo levando uma ensaboadela de pronuncia do norte. Já sabem pessoal, as portas estão sempre abertas e é sempre um prazer receber-vos, chão há muito e com sorte, como a que estes tiveram, até um quarto se arranja. Quem se segue?

domingo, 22 de julho de 2007

A horta continua a crescer..

Este fim de semana colei-me ao pessoal BESTiano e fui com eles visitar o mosteiro de San Lorenzo del Escorial. Começou com uma noite de sexta a testar capacidades de ingestão alcoólica e um sábado a passear pelo mosteiro e zonas circundantes. Foi muito giro, mas vou ter de voltar pois não consegui ver todo o mosteiro e quero ainda visitar o Vale dos Caídos que fica pelas redondezas. No Domingo, já de volta a Madrid, fui junto com o pessoal que estou a albergar ao museu do Prado. Já não o visitava desde o ano passado, mas vale sempre a pena rever as obras de Goya, Velásquez, el Greco, Rafael e demais. O sítio é enorme, e estando cá o tempo que estou, mais vale ver o museu aos poucos e aproveitar os domingos de entrada à borla. Próximo fim de semana, devo lá voltar para ver a exposição temporária. Não paro de cultivar..

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Jantarada

Foi mais uma cá por casa, desta vez, com o pessoal que estou a acolher, o Fred, Cláudio e Maria, todos da capital do Norte, a Anastasia de Thessaloniki e a Laura aqui de Madrid. Foi a loucura meter esta gente toda a jantar na minha minúscula cozinha, mas com jeitinho todos lá couberam e janta soube a pato, mesmo sendo frango. Depois foi sair para experimentar mais um bar aqui das redondezas.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Todas as estradas levam a Roma.

Desta vez pude comprovar este ditado, por via aérea cheguei na sexta-feira a Roma. Esta era mais uma viagem que há muito queria fazer. Aproveitei mais uma vez os voos baratos de companhias lowcost e a hipótese de ficar em casa de amigos reduzindo assim em muito o custo da viagem.
Cheguei ao centro já pelo fim da tarde e fui ter com o amigo Johnny, um madeirense muito porreiro que está a terminar a tese de mestrado por lá e me disponibilizou os 2x1 metro da praxe para meter as minhas coisas (obrigado Johnny, és o maior!). Pela noite tínhamos já marcada uma jantarada com mais tugas erasmus que começam agora com as despedidas, pois o ano académico começa a chegar ao fim. Jantámos pizzas num típico restaurante italiano, seguindo depois para um tour nocturno pela cidade, percorrendo bares junto ao rio Tevere e terminando na ilha Tiberina. Voltámos já tarde o que me levou a dormir apenas um par de horas já que me queria levantar cedo para conseguir visitar grande parte da cidade.
No sábado, encontrei-me com os outros tugas, Bruno e Filipe (Alemanha) e Sara (Luxemburgo) para desfrutar deste fim de semana fora das nossas cidades Contacto. O ponto de encontro foi na fila de entrada do Museu do Vaticano. Foram 2h de espera para entrarmos, debaixo de sol, mas valeu a pena. Os museus são muito bons e com muita coisa para ver, só é pena estarem tão cheios de gente que empurra e se coloca à frente não permitindo apreciar bem as obras. A capela Sistina é de facto o grande marco dos museus, é impressionante, espectacular, colossal.. faltam adjectivos para conseguir descrever tal obra. É sem dúvida o expoente máximo do Renascimento e demonstra o génio que era o Michelangelo. Fiquei maravilhado. Depois destas visitas fomos almoçar por perto que já se fazia tarde e a fome apertava, a modos que fomos bem chulados, mas em alguma parte desta viagem teria de gastar dinheiro. A próxima paragem seria a Praça e Basílica de S. Pedro, outra grande obra, não cheguei a ver o papa pois este não dá missa ao sábado. Dizem que a Basílica é a mais bela Catedral no mundo católico (não fosse esta o centro) e de facto é uma coisa indescritível, é preciso visitar e ver. Subimos os 300 e tal degraus até ao topo da Basílica, custou, mas fez-se, a parte estreita das escadas é que não teve muita piada, mas a vista interior da Basílica e a vista sobre a cidade valeram a pena. A paragem seguinte seria o Castello del Angelo, uma fortificação medieval que até tem uma ponte de ligação ao Vaticano ,como medida de escapatória dos papas para um local mais seguro. O castelo em si, não era nada de especial, mas a sua localização muito boa, com uma vista excelente sobre toda a cidade (na minha opinião melhor que a da Basílica). De seguida fomos para a Piazza di Spagna que tem a escadaria onde decorrem os famosos desfiles de moda. Engraçado percorrer as ruas com as lojas dos mais diversos estilistas e ver as filas de pessoas que se aglomerava nas entradas para aproveitar os saldos. O calor já à muito que apertava e fomos refrescar com um gelado na mundialmente famosa gellataria San .... O percurso seguia em direcção da Fontanna di Trevi, mas um elemento bem conhecido de Roma. Completamente cheio de turista a mandar a sua moeda para a fonte, também fiz o desejo e mandei a moeda por cima do ombro, mas dois cêntimos não devem dar para grande coisa..Próxima paragem seria a Piazza Navona, pelo meio ainda vimos o Palazzo Chigui, a coluna de Galileu e o Panteão, esta cidade tem mesmo muito que ver, a cada esquina deparamo-nos com uma igreja ou templo antigo. Com o chegar da noite, fomos comer algo pela zona e depois ver um concerto ao vivo e à borla dos Genesis, sim à borla já que era o fim da tour europeia, é preciso ter sorte. O concerto foi no Circo Massimo, lugar de antigas batalhas às portas de Roma. Depois do concerto, fomos ter com os erasmus que se encontravam perto da zona a fazer botellon, mais uma festa de despedida de um deles à maneira espanhola. Mais uma noite a acabar tarde com direito a um sprint atrás de um autocarro, até de viagem se faz desporto.
Domingo era já o último dia de passeio, no meu plano faltava ainda o Coliseu e o Fórum romano. Encontrei-me com os tugas na paragem de metro Coloseo, mesmo em frente à recente sétima maravilha do mundo, enquanto esperava, um capuccino para dar um sabor especial a esta manhã com esta vista tão especial.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

As noites seguem quentes

Os termómetros já registam temperaturas acima dos 25º pela noite. Que falta sinto destas noites por bares da linha da Costa ou do Algarve. Enfim não temos praia mas temos muito sítio por onde sair à noite.
Por estes dias tenho acolhido lá por casa o Cláudio, um BESTie do Porto que conheci em Barcelona na reunião Ibérica do ano passado. O nortenho veio a Madrid para participar nas festividades do curso organizado pelas BESTas da UPM, ainda este fim de semana chega mais uma cara conhecida com os mesmos propósitos, a Anastasia de Thessaloniki (ou Salónica, Grécia). Na quarta fui mais o Cláudio visitar o pessoal do curso e dar uma mãozinha no que fosse preciso. A residência universitária onde estão é de qualidade e alto nível, até piscina e ginásio têm, que sortudos os participantes, mas fiquei assim, a saber de um sítio onde facilmente me infiltro para dar uns mergulhos à borla durante este verão.
Ontem foi mais uma noite quente por Madrid. O pessoal tinha organizado uma saída para o Palácio Gaviria, já que era noite internacional lá no sítio. Para tirar a sede, começámos num bar de tapas muito castiço, no Sol, o sítio pareceu-me muito bom e barato, embora só tenhamos bebido é de voltar e experimentar as tapas. Depois de temporariamente saciada a sede, fomos para o Palácio que embora se encontrasse inicialmente meio vazio, pouco tardou a ficar cheio de pessoal dos mais diferentes sítios, até padres do Vaticano por lá andavam perdidos. Depois de algumas cubatas, muita salsa e muita lavagem da retina lá voltámos a casa já por más horas, mesmo assim ainda deu para fechar a pestana por uns momentos antes deste dia de trabalho.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

O mito...

Este fim de semana o destino foi Pamplona. Um sonho que à já algum tempo queria realizar, participar nas Festas de San Fermín.
Sexta pela manhã, já vislumbrava na televisão a abertura da festa, um amontoado de gente na Plaza del Ayuntamento que erguia os típicos lenços vermelhos construindo um espectáculo de cor e movimento. O lançamento do foguete por parte da Alcaide dava o início às festividades e uma chuva de champanhe e vinho caía por cima dos demais que se encontravam na praça. As imagens prometiam muito e só faziam aumentar a ansiedade da chegada do fim do dia. Aconselhado pelos colegas de trabalho fui procurar ainda por Madrid a vestimenta típica do evento, calça e t-shirt branca. Nada como ir ao hipermercado da zona para comprar este tipo de coisas que é de usar e deitar fora. Já pela tarde encontrava-me no aeroporto com mais pessoal que ia participar na aventura, o André e o outro Luís. O voo que esperávamos para as 20h00, acabou por ter um atraso de 3h (por falta das hospedeiras, ora voos lowcost de 40m e com o choffer pronto, quem precisa das hospedeiras?). Ficámos pelo bar a aviar umas quantas cañitas e ainda fomos regalados com um jantar de oferta como compensação da espera.
Chegámos a Pamplona tarde e a más horas, conseguimos-nos encontrar com o Ricardo (que já andava por lá desde cedo) e fomos procurar sitio onde deixar as mochilas. A consigna estava com uma fila enorme que atravessava parte da praça de San Francisco e muitas eram as borracheiras que se viam por ali. Foi chegar na altura do degredo. Esperámos um pouco a ver se a fila avançava e aproveitámos para abrir uma das garrafas compradas no aeroporto (homem prevenido vale por 2) não queríamos chegar ao nível dos demais, mas também não queríamos ser os únicos totalmente sóbrios e sem um copo de mini na mão. Como era de esperar a consigna encheu sem que conseguíssemos deixar as nossas coisas e seguimos para o meio da festa e folia. Concertos ao vivo (Franz Ferdinand foram um marco, não eram os gajos mas as covers andavam por aí..), muita animação e bebida. As ruas estavam cheias de gente e o nível de alcoolemia atingia extremos, muitas garrafas partidas, pessoal a dormir na calçada, a tratar da higiene em qualquer canto. Isto deu para comprovar que estes espanhóis não sabem fazer bem este tipo de festas, qualquer festival de verão em Portugal não leva tanta gente como a que se vê em Pamplona e tem de longe, mas de longe, mais casas de banho que as distribuidas por esta cidade. Pelo meio de minis e muita gente que conhecemos na noite (eu não me lembrava de nada, mas as fotos comprovam que não passámos a noite só os 4) o dia foi amanhecendo e com este o aproximar da hora da largada dos toiros. Nessa altura estávamos pela Plaza del Ayuntamento que é mesmo muito mais pequena que o que aparenta na televisão. Tal era o número de pessoas que por ali se concentrava que acabei por não ver, nem ouvir nada..um mito..os toiros em Pamplona são um mito. Mesmo já com o sol alto, o pessoal continuava cheio de energia (é o que eu digo, álcool é o nosso petroil) e pelo meio de bandas que se passeavam pelas ruas apertadas dando música aos demais e construindo um fluxo ondulante de pessoas. Depois destas aventuras, seguimos para o descanso (que já estava acordado à mais de 24h e só tinha fechado a pestana durante o curto voo) num dos parques da cidade, o local estava apinhado mas encontrámos uma boa árvore já a jogar com a possibilidade de sombra para as horas seguintes(eram +- 09h00). Eu pensava que a relva era suposto ser fofa, como me enganei, aquilo causa mossa. Depois de despertar fomos trincar qualquer coisa e beber umas fresquinhas que pela tarde a temperatura roçava os 40º e há que manter os líquidos. Depois de algum exercício de levantamento do copo fomos dar um giro pela cidade e ter com uma amiga do Luís que nos ia guardar as mochilas, proporcionando-nos assim uma noite sem peso nas costas, encontrámos-nos com ela à porta de uma igreja que por acaso era onde se encontrava a imagem do santo padroeiro. Uma chuvita (graças aos índios que não paravam com a dança da chuva, raio dos gajos..) ameaçava estragar a noite, mas felizmente foi coisa passageira. Procurámos sitio para comer qualquer coisa (aqui sim as chapadas na carteira, come-se mal e paga-se bem durante estas festas) e seguimos mais uma vez para a para a zona antiga sem antes passar mais uma vez pelo concerto dos FF. Nesta noite o percurso seria pelas Peñas, que são como associações de moradores de bairro. Estes montam o estaminé numa garagem metem uma banda à porta e temos festa, a loucura, passámos a noite a andar de Peña em Peña, a melhor de todas foi sem dúvida a Peña-Donibane. Pela noite fora ainda nos encontrámos com umas amigas espanholas do Ricardo e demos mais voltas e voltas à zona antiga (penso que durante o fim de semana, fizémos o percurso um cento de vezes e mesmo assim, no final, eu não me orientava lá dentro). Impressionante ver que pela noite havia já pessoas a marcar lugar para ver os toiros passar, deve ser uma emoção do caraças passar uma noite de festa debaixo de uma manta enconstados a um corrimão ou vão de escada para 10 segundos de pura emoção que é ver um par de bichinhos a passar, fora de perigo é claro. Com o passar das horas o pessoal começava a afroxar e niguém estava para ficar à espera dos toiros pelo que regressámos ao já conhecido parque, este fim de noite foi mais complicado que o anterior pois estava bem mais frio e o parque verificava-se bem desprovido da massa que o compunha no passado dia. Ainda vimos a policia Navarra em acção apanhando um grupo bem grande de jovens que andavam a surripar o pessoal que por lá passava pelas brasas. Domingo era mais um dia pelas festas, infelizmente o último, estava bem mais frio em comparação com sábado, desceram apenas uns 10/15º. Tratámos de encher o bucho e siga para mais uma voltinha pela cidade. A festa não pára, pela tarde os bares já se enchiam bem como as ruas, pessoas e mais pessoas que aproveitavam as bandas que surgiam a cada esquina para momentos de diversão. Depois de fazermos o percurso do encierro, ou seja, o percurso que os animais fazem pela cidade até à Praça de Toiros, aproveitámos para um momento de descanso ao sol acompanhado de uma loirita. Mais uma voltinha pela cidade para aproveitar o ambiente e fomos ter à Plaza del Castillo, onde se encontrava o hotel onde Ernest Hemingway ficou aquando das suas paragens na cidade. Ali aproveitámos para rematar mais uma fresquinha antes de seguir viagem de volta a Madrid. As festas continuam, até dia 14 e certamente com menos gente que neste fim de semana. Foi muito boa esta viagem, só vi toiros pela televisão, mas as festas foram muito boas, fotos desta loucura por aqui. Próximo ano lá estarei de novo, para ver toiros, cabeçudos, procissão e tudo o mais que nos escapou este ano, aqui fica o hino ao padroeiro e os vídeos dos encierros dos dias que por lá andámos.

"A San Fermín venimos,
por ser nuestro patrón,
nos guíe en el encierro,
¡dándonos su bendición!"


sexta-feira, 6 de julho de 2007

Futebol e copos

Já fazia algum tempo que não jogava uma boa futebolada. Ontem, convidado pelo pessoal espanhol que aqui conheço, fomos dar uns toques na bola. O ponto de encontro foi junto a uma paragem de metro perto da cidade universitária, o campo fazia parte do poli-desportivo da Universidade Politecnica Madrid (UPM) e apresentava boas condições. O jogo seria entre pessoal da UPM e Universidade Carlos III, tudo do BEST. Eu joguei pela UPM por estarem em desvantagem de jogadores. Começamos a perder por 0-3, mas conseguimos dar a volta ao resultado e ganhar por 7-5. Fiquei todo partido, ainda agora não sinto os pés e logo temos viagem para Pamplona, vai ser bonito. Depois do jogo, o pessoal lá se orientou para umas cañitas para repor líquidos, esta gente é demais, fartamos-nos de correr e de seguida vamos beber cerveja e comer tapas, é este o espírito espanhol.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Noite de concertos.

Esta foi mais uma noite de concertos em Madrid. Desta vez no Joy Eslava, um antigo teatro transformado em discoteca e sala de concertos. A noite começou com El Perro del Mar, uma sueca com uma voz jeitosa, músicas melancólicas mas um pouco simples de letra. Tocando apenas acompanhada de uma guitarra acústica, o desinteresse do público que aguardava por ritmos mais mexidos foi quase geral. A actuação aguardada da noite cabia aos TV on the Radio, estes sim agitaram as hostes. Produziram um grande concerto que aumentou e bem a temperatura da sala que parecendo à partida um pouco vazia se encheu até ao último balcão. Amanhã estarão a aquecer os tugas em Lisboa no SuperBock SuperRock.

domingo, 1 de julho de 2007

Já faltou menos..

Estou hoje a meio do estágio, 4 meses e meio..por um lado o copo começa a vazar, mas por outro lá se vai fazendo um refill que a sede é muita e a bebida é boa.