domingo, 22 de abril de 2007

Cultura de fim de semana

Este sábado aproveitando a dose de visitantes em Madrid, apanhei a onda até ao Museu Reina Sofia. Neste museu pode-se admirar obras de Picasso (o famoso "Guernica"), Salvador Dalí, Joan Miró, Juan Gris e muitos outros. Como já conhecia a exposição permanente, fui mais o Zé ver as temporárias, onde se encontrava a de Chuck Close. Muito boa, o tipo consegue fazer autênticas fotos em formato aumentado utilizando um pincel ou mesmo os dedos, os detalhes são simplesmente magníficos, o reflexo da luz na pupila dos olhos, a barba de um dia são apenas alguns exemplos. A forma como cria um retrato a partir do conjunto de pequenos quadrados coloridos é também impressionante. Outra exposição interessante foi a da Lo[s] Cinético[s] com uma parte sobre a luz muito engraçada. Como estava uma bela tarde, após esta visita cultural, seguimos para o inicio da visita social, umas quantas cañas numa esplanada da Plaza de Santa Ana. Com o chegar da noite fomos tapear para um lugar muito bom, a Masmorra, muito perto da Plaza Mayor. O sítio encontra-se numa cave e em tudo parece uma masmorra medieval, só faltam mesmo os esqueletos em ferros. A sangria e a comida estava muito boas, já saímos de lá meio tortos, parte devido ao árbitro da noite que se fartou de marcar penaltis contra a equipa da casa. Cantar bota abaixos e o kalimero e a abelha maia, fez recordar outras tantas jantaradas passadas no meio de outros grandes amigos. A paragem seguinte tinha o nome de Bairro Alto, já é o meu bar de eleição, uma Stout fresquinha faz a diferença toda, só é pena não podermos trazer a garrafa para beber na rua, mas sentir aquele gostinho é por si divinal. Fomos depois para casa de um tuga amigo do Zé que mora por aquela zona, onde nos infiltramos numa pequena festa e onde deu para conhecer mais umas caras que por cá trabalham. Mais uma surpresa, a Dona Antónia também lá estava em casa e relembrou mais um gostinho típico da terra. Por entre dedos de conversa as horas foram passando e seguimos para uma outra paragem. Aqui a minha memória já teimava em gravar e parece que a cassete saíu meio em branco. Sei que andámos pelo Sol, mais precisamente na praça Garibaldi, nada como conferir os bolsos das calças para se saber onde se andou na noite anterior. Já perto do amanhecer do dia, o destino era o VDL. Com tanta enegia perdida na noite com levantamento de copos, fomos procurar um sítio aberto que servisse qualquer coisa de comer. Após andar um bom bocado por estas calles de Madrid lá encontrámos um mini-mercado onde vendiam e aqueciam pizzas, hamburgers, bocadillos. Com o estômago mais calmo lá cheguei a casa para o merecido descanso. (As partes em branco da noite foram posteriormente preenchidas com a ajuda de outros boémios que recordavam algumas peças do puzzle, mas que também não sabiam como encaixar outras. Ao que parece, levámos umas boas horas a chegar à discoteca e ainda passámos outra lá dentro, à saída eu ainda conduzi a malta até ao chocolate com churros e só depois seguimos para as pizzas, jogar em grupo é o ideal).
Os dias de calor começam a chegar, muita água tive de beber para combater o estado de secura que hoje se abatia sobre mim. Agora sim, parece que estamos na primavera e as praças enchem-se de gente. Todos procuram um lugar nas esplanadas para aproveitar o sol e o excelente tempo enquanto saciam a sede com sumo de cevada. Onde está a minha praia?

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