Mais uma voltinha, mais uma viagem...
Desta feita o destino recaiu sobre a Dinamarca, uma visita curta a umas caras amigas. A viagem de avião pela RyanAir, de uns absurdos 37€(2 ways) , teve como companheiras, a Maja, uma dinamarquesa a trabalhar em Madrid que ia à terra visitar a família e a Julia, uma alemã que acabava de terminar o caminho de Santiago.
Primeiras impressões na chegada a Billund, vacas, ovelhas, lagos, patos, árvores e muito verde por todo o lado. Como esta é a zona da Lego, não é de estranhar, ou talvez é de estranhar, ver peças de lego gigantes por todo o lado, no meu do pasto das vacas exerce uma harmonia um pouco estranha entre construções e a natureza. Do aeroporto de Billund apanhei um autocarro para Vejle (engraçado como pronunciar isto ao motorista, eles lêm "Vaile") donde iria trocar para um comboio que me levaria ao destino final do dia, Horsens (terra dos cavalos, como o nome o diz). Engraçado que para apanhar o comboio, foi um casal de espanhóis que me safou pois não percebia nada do placard de informações e não encontrava o comboio que deveria apanhar, assim apanhei um comboio 40 minutos mais cedo que o esperado e penso que fui em 1ª classe, se o bilhete dava para esta classe, não sei, mas cheguei rápido e confortável.
Chegando a Horsens era esperado pela Melinda e pela sua amiga Eniko, ambas húngaras. Depois de um pouco de descanso e de trincar qualquer coisa, segui mais a máfia húngara (eles são mais que as mães na Dinamarca, mas falaram-me que os polacos ainda são em maior quantidade) para uma festa Erasmus. Um sítio porreiro no meio da universidade com bebida bem barata, uma cerveja a menos de um euro, pensava eu que ia gastar muito dinheiro em bebida..
Dia seguinte, eu e a Melinda seguimos, mais uma vez de comboio, em direcção a Odense, a terceira maior cidade da Dinamarca, para visitar a Zui, outra amiga das lides do BEST. Chegámos debaixo de uma leve chuva, mas a Zui garantiu-nos que iria passar (e passou). O nosso meio de transporte seriam umas biclas, mas teríamos de palmar parte da cidade a pé pois estas estão como que espalhadas em diferentes pontos. Achadas as bikes, seguimos para o Lydl comprar os ingredientes para o repasto da noite. Pelo caminho conheci dois tugas que por lá andavam também em Erasmus. Chegando à residência de estudantes da Zui (um sitio que parece ficar no campo, de tanto verde e calmaria), estava tão cansado que passei pelas brasas enquanto as meninas tratavam da janta à moda húngara, daí ter desculpa para não meter o nariz. Nada como uma sesta para repor forças. Pela noite seguimos para uma festa de aniversário lituana. Duas chicas celebravam e mais uma vez a máfia, lituana, estava lá toda reunida. Quando a festa começou a morrer o destino passou para uma festa havaiana numa residência de estudantes. De novo, a cerveja a preço reduzido. Conhecer mais gente, e até um dinamarquês que viveu umas temporadas em Portugal e jogou andebol no glorioso, até o hino nacional cantou comigo, que loucura. O regresso a casa fez-se já com um suposto "nascer do sol", pois eram ainda 04h00 e já havia bastante luz no céu. Parece que por ali a noite é bem curta, das 22h às 03h00, morar no norte da Europa deve atrofiar e bem.
Domingo em Odense foi aproveitado para ver as vistas. A cidade está repleta de referências a Hans Cristian Anderssen. Estátuas do autor e das suas mais famosas personagens estão espalhadas por todas as praças, ruas e esquinas da cidade. É no fundo uma cidade com o seu encanto, muito calma e limpa, mas no entanto cheia de vida.
Mais uma viagem que terminou, eu que pensava tratar-se de um país caro em tudo, apenas notei este facto nos transportes, movermos-nos de comboio ou autocarro é bem caro. Nada como ter uma bike.
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